Menino teria sido queimado vivo no Acre
O menino Wilder Oliveira
Firmino, de 13 anos, foi morto
com requintes de crueldade como parte da "vingança da família Pascoal" pela morte de
um de seus membros, o subtenente da PM Itamar Pascoal.
Ele teria sido queimado vivo
com óleo quente usado para
preparar asfalto e sua coluna
cervical teria sido quebrada.
Esse é o teor da denúncia
apresentada anteontem à Justiça do Acre pelo Ministério Público Estadual. No documento,
o crime, cometido em julho de
1996, é narrado em detalhes e é
pedida a prisão preventiva dos
envolvidos.
O tenente da PM Pedro Pascoal Duarte Pinheiro Neto, irmão de Hildebrando, foi denunciado como sendo o autor
do tiro que atingiu a cabeça do
menino. Pedro Pascoal faz parte do grupo de 28 pessoas que
estão detidas em prisão temporária em Brasília.
Além dele, foram denunciados outros dois soldados da
PM como co-autores do crime:
Sebastião Crispim da Silva e
Antônio Oliveira da Silva.
O primeiro foi morto pelo esquadrão da morte supostamente comandado pelo ex-deputado, numa espécie de
"queima de arquivo". Silva não
está no grupo de detidos, até o
momento.
Segundo o Ministério Público, o menino foi morto porque
os autores do crime não conseguiram encontrar naquele momento o pai dele, Agilson Santos Firmino, o Baiano, acusado
de ter participado da morte de
Itamar Pascoal.
Baiano foi morto pouco depois e seu corpo foi partido
com uma motosserra.
Wilder teria sido levado pelos
três para as margens da BR-364, em pavimentação, onde
foi torturado. A denúncia afirma que Wilder, "de olhos vendados, foi obrigado a se ajoelhar na piçarra (matéria-prima
do asfalto)", para que delatasse
o paradeiro do pai.
Como não confessou, logo
depois ele teve a coluna cervical
quebrada por Pedro Pascoal e
Sebastião Crispim e recebeu o
tiro na cabeça disparado pelo
irmão do ex-deputado.
Segundo apurou o Ministério
Público, após o tiro, Pedro Pascoal "cerrou os punhos e, voltado ao céu, bradou: "Meu irmão,
um já foi!"."
(WF)
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
Conselho Nacional do Ministério Público arquiva denúncias de Hildebrando Pascoal
O
Conselho Nacional do Ministério Público considerou infundadas as
denúncias feitas pelo ex-coronel da PM, Hildebrando Pascoal, que
apontava irregularidades no concurso público realizado em 1997
envolvendo a desembargadora Eva Evangelista e a procuradora Vanda Denir
Milani Nogueira.
O despacho é
assinado pelo procurador regional da República da Corregedoria Nacional,
Elton Ghersel. Na conclusão da sindicância, o procurador afirma que o
processo foi arquivado “por ausência de provas capazes de fundamentar a
investigação criminal”.
O procurador
sustenta ainda que os fatos apresentados na denúncia já haviam sido
motivo de apreciação por parte do Ministério Público do Acre em 1997 e
que, inclusive, ocasionou a anulação do exame “em virtude da existência
de fortes indícios de quebra de sigilo das questões”, diz o procurador.
À
época, o fato teve grande repercussão. A Polícia Federal realizou
perícias, mas não conseguiu encontrar elementos que comprovassem
irregularidades. O procurador Ghersel argumenta que as investigações
“tendo ou não sido suficientes” e “corretas ou não as decisões de
arquivamento”, o fato é que a pretensão de punir “encontra-se há muito
prescrita”.
“O Conselho Nacional
isentou tanto a desembargadora Eva quanto a procuradora Vanda de
qualquer procedimento irregular”, afirmou a procuradora-geral do
Ministério Público do Acre, Patrícia Rêgo.
Requentou
As
denúncias feitas pelo ex-coronel requentaram o episódio e foram
realizadas de uma maneira que causou temor em Rio Branco. Em novembro de
2011, Hildebrando Pascoal escreveu três cartas fazendo ameaças à
desembargadora Eva Evangelista, ao então procurador-geral de Justiça,
Sammy Barbosa, e ao senador Jorge Viana (PT/AC).
Em
fevereiro do ano passado, as cartas de Hildebrando ganharam repercussão
nacional com a publicação da íntegra do conteúdo no jornal O Estado de
S. Paulo. “Ele requentou o assunto que já havia sido arquivado pelo
STJ”, afirmou a procuradora-geral do MP, Patrícia Rêgo. “Agora, com a
decisão do CNMP, isso é um assunto encerrado”.
Última atualização em Qua, 13 de Março de 2013 09:58
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