quinta-feira, 28 de março de 2013

me enojou encontrar isto hoje na internet

Menino teria sido queimado vivo no Acre

O menino Wilder Oliveira Firmino, de 13 anos, foi morto com requintes de crueldade como parte da "vingança da família Pascoal" pela morte de um de seus membros, o subtenente da PM Itamar Pascoal.
Ele teria sido queimado vivo com óleo quente usado para preparar asfalto e sua coluna cervical teria sido quebrada.
Esse é o teor da denúncia apresentada anteontem à Justiça do Acre pelo Ministério Público Estadual. No documento, o crime, cometido em julho de 1996, é narrado em detalhes e é pedida a prisão preventiva dos envolvidos.
O tenente da PM Pedro Pascoal Duarte Pinheiro Neto, irmão de Hildebrando, foi denunciado como sendo o autor do tiro que atingiu a cabeça do menino. Pedro Pascoal faz parte do grupo de 28 pessoas que estão detidas em prisão temporária em Brasília.
Além dele, foram denunciados outros dois soldados da PM como co-autores do crime: Sebastião Crispim da Silva e Antônio Oliveira da Silva.
O primeiro foi morto pelo esquadrão da morte supostamente comandado pelo ex-deputado, numa espécie de "queima de arquivo". Silva não está no grupo de detidos, até o momento.
Segundo o Ministério Público, o menino foi morto porque os autores do crime não conseguiram encontrar naquele momento o pai dele, Agilson Santos Firmino, o Baiano, acusado de ter participado da morte de Itamar Pascoal.
Baiano foi morto pouco depois e seu corpo foi partido com uma motosserra.
Wilder teria sido levado pelos três para as margens da BR-364, em pavimentação, onde foi torturado. A denúncia afirma que Wilder, "de olhos vendados, foi obrigado a se ajoelhar na piçarra (matéria-prima do asfalto)", para que delatasse o paradeiro do pai.
Como não confessou, logo depois ele teve a coluna cervical quebrada por Pedro Pascoal e Sebastião Crispim e recebeu o tiro na cabeça disparado pelo irmão do ex-deputado.
Segundo apurou o Ministério Público, após o tiro, Pedro Pascoal "cerrou os punhos e, voltado ao céu, bradou: "Meu irmão, um já foi!"." (WF)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Conselho Nacional do Ministério Público arquiva denúncias de Hildebrando Pascoal


O Conselho Nacional do Ministério Público considerou infundadas as denúncias feitas pelo ex-coronel da PM, Hildebrando Pascoal, que apontava irregularidades no concurso público realizado em 1997 envolvendo a desembargadora Eva Evangelista e a procuradora Vanda Denir Milani Nogueira.
O despacho é assinado pelo procurador regional da República da Corregedoria Nacional, Elton Ghersel. Na conclusão da sindicância, o procurador afirma que o processo foi arquivado “por ausência de provas capazes de fundamentar a investigação criminal”.
O procurador sustenta ainda que os fatos apresentados na denúncia já haviam sido motivo de apreciação por parte do Ministério Público do Acre em 1997 e que, inclusive, ocasionou a anulação do exame “em virtude da existência de fortes indícios de quebra de sigilo das questões”, diz o procurador.
À época, o fato teve grande repercussão. A Polícia Federal realizou perícias, mas não conseguiu encontrar elementos que comprovassem irregularidades. O procurador Ghersel argumenta que as investigações “tendo ou não sido suficientes” e “corretas ou não as decisões de arquivamento”, o fato é que a pretensão de punir “encontra-se há muito prescrita”.
“O Conselho Nacional isentou tanto a desembargadora Eva quanto a procuradora Vanda de qualquer procedimento irregular”, afirmou a procuradora-geral do Ministério Público do Acre, Patrícia Rêgo.
Requentou
As denúncias feitas pelo ex-coronel requentaram o episódio e foram realizadas de uma maneira que causou temor em Rio Branco. Em novembro de 2011, Hildebrando Pascoal escreveu três cartas fazendo ameaças à desembargadora Eva Evangelista, ao então procurador-geral de Justiça, Sammy Barbosa, e ao senador Jorge Viana (PT/AC).
Em fevereiro do ano passado, as cartas de Hildebrando ganharam repercussão nacional com a publicação da íntegra do conteúdo no jornal O Estado de S. Paulo. “Ele requentou o assunto que já havia sido arquivado pelo STJ”, afirmou a procuradora-geral do MP, Patrícia Rêgo. “Agora, com a decisão do CNMP, isso é um assunto encerrado”.
Última atualização em Qua, 13 de Março de 2013 09:58