MEUS QUERIDOS AMIGOS HOJE ACORDEI COM UM SENTIMENTO DE TRSTEZA,FICOU PENSANDO COMO AS COISAS PODERIAM SER DIFERENTE SE MEU PAI E MEU IRMÃO ESTIVESSSEM AQUI.MINHA VIDA DE LUTA,DE BATALHA CONSTANTE SERIA MENOR POIS MEU PAI SEMPRE FOI UM HOMEM TRABALHADOR,QUE LUTAVA PRA GARANTIR O SUSTENTO DE SUA ESPOSA E DE SEUS FILHOS MAS COM A MORTE DELE TIVEMOS QUE TRABALHAR PRA GARANTIR NOSSO SUSTENTO.
QUANDO NOS PROCURARAM PARA FALAR DO JULGAMENTO NOS ILUDIRAM,DIZENDO QUE NOSSA FAMILIA TERIA DIREITO A MUITAS COISAS EM ESPECIAL A UMA INDENIZAÇÃO PARA QUE PELO MENOS PUDESSEMOS VIVER MELHOR,MAS CADÊ ESTA INDENIZAÇÃO?DEPOIS DESCOBRIMOS QUE JA NÃO TEMOS DIREITO.QUE BRASIL É ESSE MEU DEUS?
GOVERNANTES DO ACRE TENHA PELO MENOS SENSO DE JUSTIÇA NOSSA FAMILIA MAIS UMA VEZ FOI LUDIBRIADA,HUMILHADA.AONDE TÁ AS INDENIZAÇÕES OU A PENSÃO VITALICIA QUE FOI CITADA POR UMA PESSOA PRA MIM,QUE GARANTIU QUE NOS AJUDARIA,ALIAS NOS AJUDAR NÃO PORQUE TEMOS TODO O DIREITO,JA QUE A VIDA DOS DOIS NÃO TEREMOS MAIS,QUEREMOS QUE O ESTADO DO ACRE CUMPRA TUDO QUE FOI FALADO,NÃO SO O ENVIOU DAS OSSADAS MAS TAMBEM QUE SEJA CRIADO UM PROJETO PARA QUE NOSSA FAMILIA RECEBA A TAL PENSÃO VITALICIA,DESTE ESTADO QUE CEIFOU TODA A NOSSA FAMILIA.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011
DESABAFO
BEM,QUANDO PENSEI EM CRIAR ESTE BLOG,PENSEI EM DIVERSOS CRIMES QUE ACONTECEM DIARIAMENTE EM NOSSO PAÍS.EM PESSOAS QUE PERDEM SEUS ENTES QUERIDOS,FAMILIAS QUE SOFREM COM A IMPUNIDADE DESTE BRASIL,FEITO SÓ PRA QUEM PODE E NÓS NEGROS E POBRES SOMOS HUMILHADOS POIS MUITAS VEZES NEM VEMOS AQUELES QUE SÃO CULPADOS POR ESSES CRIMES NA CADEIA ,E AI ME PERGUNTO POIS SENTI NA PELE,FICAR DE FRENTE COM OS ASSASSINOS DE MEU PAI E DE MEU IRMÃO,ELES ESTAVAM NO BANCO DOS RÉUS,UM MISTO DE SENSAÇÕES SERÁ QUE VALEU A PENA? MAS SINCERAMENTE PRA MIM JÁ NÃO IMPORTAVA SE FOSSEM CONDENADOS OU NÃO POIS O QUE MAIS QUERIA ERA TER PELO MENOS POR UM DIA A PRESENÇA DE MEU PAI E DE MEU IRMÃO.MAS GRAÇAS A DEUS FORAM CONDENADOS E ESTÃO AONDE DEVERIAM ESTAR, ATRAS DAS GRADES.MAS AQUELE VAZIO CONTINUO SENTINDO,AQUELE APERTO QUE ACHO QUE CHAMA-SE SAUDADE,E É POR ISSO QUE RESOLVI CRIAR ESTE BLOG PARA DIVIDIR COM PESSOAS QUE SOFRERAM E SOFREM COM SAUDADE DE SEUS ENTES QUERIDOS QUE TIVERAM AS VIDAS CEIFADAS REPENTINAMENTE.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
A PÁGINA NÃO VIROU, GOVERNADOR

No próximo dia 23 de setembro completará um ano que o júri popular do Acre condenou a 18 anos de prisão o ex-deputado e ex-coronel da Polícia Militar Hildebrando Pascoal Nogueira Neto por homicídio triplamente qualificado no caso do "crime da motosserra", em que foi assassinado o mecânico Agilson dos Santos Firmino, o "Baiano".
Após o julgamento do "crime da motosserra", um dos assassinatos mais brutais da década de 1990 no Brasil, o governador do Estado, Binho Marques (PT), afirmou que o Acre virou uma página negra de sua história. Não virou.
Até hoje os restos mortais de "Baiano" e do filho dele, Uilder, de 13, outra vítima do grupo de Hildebrando Pascoal, não foram removidos e entregues à família do mecânico, embora seja uma providência prevista na sentença do juiz Leandro Leri Gross, que apelou pelo engajamento dos Três Poderes nesse sentido. Não existe sequer os atestados de óbito das vítimas.
Nos últimos dois dias, o blog foi procurado por Emanoela Firmino, a filha de Baiano, que agora tem 29 anos. Ela não sabe mais a quem apelar para que a família tenha o direito de receber os restos mortais do pai e do irmão e sepultá-los com dignidade.
Já enviou carta ao procurador geral de Justiça Sammy Lopes e ao governador Binho Marques, mas não obteve deles respostas nem providências.
- Não iremos entrar com ação contra os assassinos, mas contra o Estado. Nossas vidas foram destruídas, principalmente a de minha mãe. Como podemos ter certeza de que os ossos que um dia possam nos enviar são realmente dos dois? São muitas as dúvidas. Até agora nem o procurador nem o governador nos responderam. O Estado foi omisso e continua sendo omisso em relação à nossa família. Meu pai e meu irmão foram assassinados por gente que agia em nome do Estado, o mesmo Estado que nos negou qualquer medida de apoio naqueles dias terríveis. Estou apelando a você, Altino, porque sei de sua importância para esclarecimento do crime e julgamento dos assassinos.
Eis a carta de Emanoela, a filha de "Baiano", cujo destino é diferente do de Emanuele, a filha de Hildebrando, juíza leiga do Juizado Especial Cível de Rio Branco:
"Brasil, 03 de maio de 2010
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Acre
Venho a presença de Vossa Excelência, bem como meu irmão e minha genitora, através dessa singela carta, para pedir celeridade no andamento da solicitação do envio da ossada, bem como a despesa do translado e enterro de meu pai Agilson Santos Firmino e meu irmão Uilder Oliveira Firmino, assassinados em 1996, tendo em vista que desde a ultima visita nossa ao Estado, por ocasião do julgamento dos processos criminais no Tribunal do Júri de Rio Branco,o senhor Secretario de Direitos Humanos firmou este compromisso junto à família e na presença do juiz titular do Tribunal do Júri, que o estado se comprometeria em providenciar o envio das ossadas, bem como arcar com todas as despesas que por ventura surgirem, já que nossa família não possui condições financeiras para arcar com tal despesas.
Aproveito a oportunidade,para lhe informar em resumo como saímos do estado do Acre, bem como a total falta de assistência da então na ápoca Secretaria de Segurança Publica deste Estado, que inclusive so nos orientou a irmos embora do Estado sem nenhum amparo logístico. Mesmo com todo sofrimento não tivemos apoio da justiça,saindo de nossa casa,só com a roupa do corpo e nem o direito de enterra-los dignamente.
Desta forma esperamos angustiados mas bastante ansiosos por este momento,pois da mesma forma que foi dito em reportagem que o Acre viraria a pagina negra do passado nós familiares de Agilson e Uilder, tambem gostaríamos de fechar este livro, os enterrando como qualquer ser humano merece.
Inclusive estamos pensando em procurar a imprensa para resolução dessa situação que já dura quase 14 anos mas pensei primeiro em escrever esta carta a vossa Excelência para que solucione esta demanda sem maiores alardes.
Por fim se necessário a presença de algum familiar para a documentação,liberação da ossada e acompanhar o translado, eu emanuela Oliveira Firmino, tenho interesse e disponibilidade de ir ao Estado para buscar os ossos dos dois, sendo todas as despesas de logística arcadas pelo estado, ou que uma pessoa de confiança nossa ai no Estado a senhora Ana Valeska, que é uma pessoa de contato conosco e que está acompanhando a liberação e o envio das ossadas, sendo necessário passaremos uma procuração para que possa nos representar.
Atenciosamente, a família Firmino pede providências com urgência."
Sentindo na pele
Resumo
Emanuela Firmino tinha 15 anos quando o pai, Agilson Santos Firmino, e o irmão Uilder foram assassinados a mando do ex-deputado e ex-coronel da PM do Acre Hildebrando Pascoal, no que ficou conhecido como o crime da motosserra.
O crime ocorreu após a morte de Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando. O pai dela estava com o assassino de Itamar na hora do crime. Hildebrando foi condenado a 18 anos pela morte de Firmino há exatamente um ano.
Leia o depoimento de Emanuela, 29
"Meu pai estava montando um restaurante no interior do Acre para o pessoal que trabalhava com José Hugo na construção. Ele estava no local errado e na hora errada quando Hugo assassinou o irmão de Hildebrando. Depois disso, eu não o vi mais.
Dois homens chegaram em casa falando que ele estava preso, embriagado, e que precisava de um filho para fazer curativos.
Eles estavam sem a farda, mas mostraram a carteira de policial civil. Minha mãe decidiu ir com eles.
Depois de 15 minutos, voltaram sem ela para buscar um dos filhos. Eu queria ir, mas eles não deixaram por eu ser mulher. O Uilder, que tinha 13 anos, disse que iria.
Em seguida, minha mãe voltou, mas sem meu irmão. Isso era domingo à noite. Eu tinha 15 anos e amadureci naquele dia.
O corpo
Dois dias depois, saiu na rádio que tinham encontrado um corpo. Pensamos que era meu irmão, porque achávamos que meu pai tinha assassinado junto com o José Hugo e deixado a gente para pagar por tudo.
No caminho para o IML, ficamos com medo e decidimos ir para a casa de uma amiga. Lá, a televisão mostrou o corpo, e esse corpo era do meu pai.
Ver a pessoa que mais me amava na vida... Ele estava com um furo na cabeça. Mostrou o rosto, e falou que tinham serrado as pernas e os braços dele.
Procuramos a Secretaria de Segurança Pública, mas falaram que era para irmos embora com a roupa do corpo, porque não podiam fazer nada. Nós passamos uma semana escondidos, até que a família pagou para sairmos do Acre.
Na quinta-feira, apareceu o corpo de meu irmão, mas não vimos porque onde estávamos escondidos não tinha TV. Uma vizinha contou e a gente deduziu que era ele pelas roupas.
No julgamento, no ano passado, o juiz me mostrou as fotos. Doeu, sofri, mas foi melhor para ter certeza que meu irmão morreu e que foi para me salvar.
Indenização
Passados 13 anos, no julgamento de Hildebrando descobrimos que ele não matou ninguém.
O Estado tem que dar uma pensão para minha mãe. Ela é extremamente deprimida e trabalha limpando chão e privada com quase 60 anos porque fizeram isso com a nossa família.
Quero que a ajudem e quero enterrar meu pai e meu irmão. Vou me sentir realizada quando acontecer isso.
"Semana no inferno"
Eu dizia que ia escrever um livro e o nome seria "Uma semana no inferno". Mas minha mãe tinha pavor de tudo.
No ano passado, o Ministério Público achou a gente. Antes, tínhamos ido à delegacia reconhecer fotos de policiais, mas eu não queira contato."
Após 14 anos, família enterra pai e filho hoje
Após 14 anos do crime da motosserra, a família de Agilson Santos Firmino e de seu filho Uilder poderá finalmente enterrá-los. A cerimônia deve ocorrer hoje.
O restos mortais das vítimas foram enviados sexta à cidade onde a viúva e os outros dois filhos de Firmino vivem desde que deixaram o Acre. Por segurança, o local não pode ser revelado.
A família recebeu os atestados de óbito dia 15. Para Emanuela Firmino, filha de Agilson, os papéis só foram expedidos após o jornalista Altino Machado [leia neste blog] cobrar as autoridades em seu blog.
"Expressei a vontade de receber as ossadas no julgamento de meu irmão, em novembro passado. Se não fosse o blog, os atestados não teriam saído", diz.
Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, José Henrique Corinto de Moura, a demora se deve à burocracia. "O Estado nunca se negou a enviar as ossadas, mas precisava da certidão de óbito. O processo acabou dia 14", disse.
O procurador-geral do Ministério Público do Acre, Sammy Lopes, estuda a possibilidade de indenização. "Quem cometeu o ato de brutalidade e o assassinato era agente do Estado." No julgamento de Hildebrando, a família teve pedido de indenização negado.
Emanuela Firmino tinha 15 anos quando o pai, Agilson Santos Firmino, e o irmão Uilder foram assassinados a mando do ex-deputado e ex-coronel da PM do Acre Hildebrando Pascoal, no que ficou conhecido como o crime da motosserra.
O crime ocorreu após a morte de Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando. O pai dela estava com o assassino de Itamar na hora do crime. Hildebrando foi condenado a 18 anos pela morte de Firmino há exatamente um ano.
Leia o depoimento de Emanuela, 29
"Meu pai estava montando um restaurante no interior do Acre para o pessoal que trabalhava com José Hugo na construção. Ele estava no local errado e na hora errada quando Hugo assassinou o irmão de Hildebrando. Depois disso, eu não o vi mais.
Dois homens chegaram em casa falando que ele estava preso, embriagado, e que precisava de um filho para fazer curativos.
Eles estavam sem a farda, mas mostraram a carteira de policial civil. Minha mãe decidiu ir com eles.
Depois de 15 minutos, voltaram sem ela para buscar um dos filhos. Eu queria ir, mas eles não deixaram por eu ser mulher. O Uilder, que tinha 13 anos, disse que iria.
Em seguida, minha mãe voltou, mas sem meu irmão. Isso era domingo à noite. Eu tinha 15 anos e amadureci naquele dia.
O corpo
Dois dias depois, saiu na rádio que tinham encontrado um corpo. Pensamos que era meu irmão, porque achávamos que meu pai tinha assassinado junto com o José Hugo e deixado a gente para pagar por tudo.
No caminho para o IML, ficamos com medo e decidimos ir para a casa de uma amiga. Lá, a televisão mostrou o corpo, e esse corpo era do meu pai.
Ver a pessoa que mais me amava na vida... Ele estava com um furo na cabeça. Mostrou o rosto, e falou que tinham serrado as pernas e os braços dele.
Procuramos a Secretaria de Segurança Pública, mas falaram que era para irmos embora com a roupa do corpo, porque não podiam fazer nada. Nós passamos uma semana escondidos, até que a família pagou para sairmos do Acre.
Na quinta-feira, apareceu o corpo de meu irmão, mas não vimos porque onde estávamos escondidos não tinha TV. Uma vizinha contou e a gente deduziu que era ele pelas roupas.
No julgamento, no ano passado, o juiz me mostrou as fotos. Doeu, sofri, mas foi melhor para ter certeza que meu irmão morreu e que foi para me salvar.
Indenização
Eu e meu irmão menor passamos a adolescência revoltados com meu pai. Se ele sabia que ia assassinar, deveria ter avisado para que a gente fugisse.
Passados 13 anos, no julgamento de Hildebrando descobrimos que ele não matou ninguém.
O Estado tem que dar uma pensão para minha mãe. Ela é extremamente deprimida e trabalha limpando chão e privada com quase 60 anos porque fizeram isso com a nossa família.
Quero que a ajudem e quero enterrar meu pai e meu irmão. Vou me sentir realizada quando acontecer isso.
"Semana no inferno"
Eu dizia que ia escrever um livro e o nome seria "Uma semana no inferno". Mas minha mãe tinha pavor de tudo.
No ano passado, o Ministério Público achou a gente. Antes, tínhamos ido à delegacia reconhecer fotos de policiais, mas eu não queira contato."
Após 14 anos, família enterra pai e filho hoje
Após 14 anos do crime da motosserra, a família de Agilson Santos Firmino e de seu filho Uilder poderá finalmente enterrá-los. A cerimônia deve ocorrer hoje.
O restos mortais das vítimas foram enviados sexta à cidade onde a viúva e os outros dois filhos de Firmino vivem desde que deixaram o Acre. Por segurança, o local não pode ser revelado.
A família recebeu os atestados de óbito dia 15. Para Emanuela Firmino, filha de Agilson, os papéis só foram expedidos após o jornalista Altino Machado [leia neste blog] cobrar as autoridades em seu blog.
"Expressei a vontade de receber as ossadas no julgamento de meu irmão, em novembro passado. Se não fosse o blog, os atestados não teriam saído", diz.
Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, José Henrique Corinto de Moura, a demora se deve à burocracia. "O Estado nunca se negou a enviar as ossadas, mas precisava da certidão de óbito. O processo acabou dia 14", disse.
O procurador-geral do Ministério Público do Acre, Sammy Lopes, estuda a possibilidade de indenização. "Quem cometeu o ato de brutalidade e o assassinato era agente do Estado." No julgamento de Hildebrando, a família teve pedido de indenização negado.
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