Publicado no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira, 23, a demissão com perda de soldo, sem direito à indenização, de Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, que até a semana passada era coronel reformado da Polícia Militar do Estado do Acre e recebia por esta função regularmente.
Segundo a publicação, após tramitação de processo no Ministério público Estadual, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, Hildebrando foi considerado policial militar indigno para o oficialato e, por isto, penalizado com a perda do posto e da patente, sem direito à remuneração ou indenização.
Hildebrando cumpre cerca de 200 anos por condenações em processos por tráfico de drogas, homicídios, crime eleitoral e outros.
Seu ocaso teve início em 1998, quando foi reeleito deputado federal pelo PFL (hoje Democratas). Investigado pela CPI do Narcotráfico, foi expulso do partido e cassado pela Câmara dos Deputados, por quebra de decoro parlamentar.
No mesmo ano foi preso com outras 46 pessoas acusadas de tráficos de drogas e os homicídios dos policiais Walter José Ayala, Jonaldo Martins e Sebastião Crispim da Silva e do mecânico Agilson Santos Firmino, o Baiano. Este último, com requintes de crueldade, já que a vítima foi esquartejada.
Preso logo após a cassação, o ex-deputado federal foi levado para Rio Branco e mantido em um presídio da Papudinha até dezembro de 2003, quando foi transferido para o presídio de segurança máxima Antônio Amaro, juntamente com outros acusados de formar o grupo de extermínio no Acre.
Além dos assassinatos, apurou-se que Hildebrando envolveu-se em narcotráfico, crimes contra a ordem financeira, sonegação fiscal, porte ilegal de arma, compra de votos e aliciamento de eleitores através de droga acondicionadas em embalagens de comida, caso que ficou conhecido como “Operação Marmitex”.
Banzeiro